14 lições sobre morar que aprendemos com os japoneses

Patricia Smaniotto – homify Patricia Smaniotto – homify
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Quem nunca ouviu falar – ou viu com os próprios olhos – um tatame, um ofurô ou um futon? Eles são traços da cultura japonesa que atravessaram o mundo e que nos dão uma ideia do modo de viver e morar daquele povo.

Mas o Japão não é apenas suas tradições, mas também um país altamente desenvolvido, com muita tecnologia e vida urbana intensa. Por isso, os espaços de moradia são cada vez menores e os japoneses precisam usar de toda a sua imaginação e criatividade para fazer de suas casas e apartamentos pequenos lugares cheios de conforto.

Nesse processo, eles utilizam as mais variadas estratégias: caixas de madeira, portas de correr, divisórias. Os espaços são abertos, os ambientes integrados, a circulação ampliada. Uma nova arquitetura e uma nova decoração surgem daí, com ênfase nas curvas ou no mobiliário mínimo.

Saiba quais são as 14 dicas de morar que podemos aprender com os japoneses e se inspire para dar um toque oriental na sua casa!

Usar futons ajuda a aproveitar espaço

A falta de espaço nas casa e apartamentos no Japão é uma constante e, por isso, tudo que possa otimizar o uso do espaço é bem-vindo. A tradição japonesa legou ao país atual, moderno e sofisticado, uma série de práticas de bem viver. Uma delas é o futon, um conjunto formado por uma almofada, um edredom e um colchão fino e flexível – a ser disposto sobre um tatame – que pode ser dobrado durante o dia e desdobrado na hora de dormir. Com isso, o espaço é utilizado conforme as necessidades de cada momento. As versões ocidentalizadas apresentam o futon com um estrado baixo e uma espécie de sofá-cama também com estrado baixo.

Tatames deixam o chão mais confortável

No Japão tradicional, a sala de estar dispensa mobiliário e adota o tatame, um colchão fino e firme, para forrar o chão. É nesse ambiente minimalista que as pessoas se reúnem para conversar e confraternizar. No Ocidente, o tatame tem mais espaço nas academias de ginástica e escolas de artes marciais, mas também pode ser encontrado – ou a sua versão local, o colchonete – nas casas em que existem salas para exercícios ou meditação.

Criar mezaninos com os móveis é possível e fica muito bem

Um conceito que faz sucesso no Japão há muito tempo é o open space, que sugere a derrubada de todas as paredes internas da casa ou do apartamento, aumentando o espaço de convivência da família. No entanto, áreas mais íntimas, como o quarto de dormir e o banheiro, podem ser colocadas em uma espécie de caixa de madeira, cujo teto fica bem abaixo do forro da habitação. Assim, consegue-se um ambiente mais reservado. No Ocidente, o mezanino é o que mais se aproxima dessa caixa íntima.

Portas de correr trazem flexibilidade para casa

No Japão, as portas de correr são uma tradição antiga que se fortalece à medida que os espaços diminuem. Aquelas chamadas de shouji são usadas internamente e têm estruturas de madeira ou bambu forradas com papel translúcido. Aquelas chamadas de fusuma são destinadas às áreas externas e utilizam papel mais opaco. As portas de correr internas têm duas funções: separar ou integrar ambientes. Por exemplo, na hora de dormir, as portas do quarto são fechadas para proporcionar mais privacidade. Ao levantar, elas são abertas, integrando o quarto com a sala de estar e, portanto, ampliando o espaço de convivência. No Ocidente, as portas de correr internas têm os mesmos objetivos, mas geralmente são feitas de materiais densos como a madeira ou transparentes como o vidro. 

Divisórias vazadas separam espaços com leveza

Mesmo adeptos do espaço livre de paredes, os japoneses podem achar necessária a instalação de divisórias em madeira a fim de criar alguma privacidade no espaço aberto. Estruturas vazadas dão mais leveza às divisórias e podem até mesmo permitir a filtragem da luminosidade natural. No Ocidente, as divisórias se apresentam nos mais diversos materiais.

Mobiliário mínimo deixa a casa mais relaxante

House of Nishimikuni, arbol arbol غرفة المعيشة

Sempre em nome do ganho de espaço, a decoração japonesa prioriza a presença de um mobiliário mínimo. No quarto de dormir, o futon substitui a cama e, na sala de jantar, a mesa é baixa, pedindo apenas almofadas como assento. Portanto, as cadeiras, que ocupam muito espaço, são totalmente dispensáveis. Com um mobiliário tão enxuto, é possível mudá-lo de lugar ou retirá-lo do ambiente em qualquer eventualidade.  

Ambientes integrados dão sensação de amplitude aos espaços

Outro conceito que os japoneses seguem (quase sempre) à risca é a integração de ambientes. As salas de estar e jantar e também a cozinha integradas ajudam a dar a sensação de amplitude no espaço, além de promover mais facilmente a convivência entre familiares e amigos. Quanto menor a casa ou apartamento, mais frequente se torna essa estratégia. No Ocidente, a integração de ambientes também encontra muita aceitação, não só em residências pequenas, mas igualmente nas médias e grandes. 

Aumentar a área de circulação evita tropeções

Um dos objetivos de se usar pouco mobiliário e de se integrar os ambientes é aumentar a área de circulação no espaço. Com isso, a permanência na casa ou apartamento fica mais confortável e agradável, mesmo se o espaço é pequeno. No Ocidente, isso também vem sendo cada vez mais observado e levado em consideração na hora de decorar e equipar.

Curvas e espaços redondos ajudam a ter uma casa mais espaçosa

Os japoneses também apreciam muito o uso de curvas na arquitetura, pois isso ajuda a ampliar o espaço. Pode-se instalar portas semi-curvas que permitem a passagem mais confortável de pessoas e coisas ou então construir cômodos inteiros em formato redondo que também facilita a circulação. As formas inusitadas são bastante apreciadas e concorrem para uma arquitetura moderna e original. 

Cada centímetro é preciso e pode receber até estantes

A preocupação com a falta de espaço faz com que os japoneses busquem as mais variadas alternativas. Ideias sobre como otimizar a dimensão da casa ou apartamento se aplicam a todos os ambientes da casa ou apartamento, especialmente nos pequenos. Um exemplo é o quarto da imagem acima, em que a cama fica sobre uma estrutura em madeira que também faz as vezes de estante e divisória. O acesso à cama se faz por uma pequena escada. 

Sapatos ficam do lado de fora

Um hábito japonês bem conhecido no Ocidente é o costume de se tirar os sapatos quando se chega da rua, trocando-os por chinelos. Nas casas mais tradicionais existe até mesmo um espaço na entrada chamado genkan, onde os calçados são retirados e substituídos por chinelos. Entre os países ocidentais, essa prática é bastante difundida em alguns países da Europa, como a Suíça.

Varanda integrada ajuda a tirar proveito da área escassa

Os apartamentos japoneses, especialmente os menores, costumam ter a varanda integrada às salas. Geralmente, a varanda é envidraçada, o que, portanto, aumenta a luminosidade natural nos ambientes. Além disso, ganha-se espaço. No Ocidente, essa integração da varanda aos ambientes internos também vem se tornando comum pelas mesmas razões.

Ofurô é uma ótima chance de relaxar

O ofurô também ganhou o mundo, embora tenha sido adaptado das mais diversas formas no Ocidente. O ofurô tradicional é, na verdade, um tanque pequeno para uma só pessoa, que fica sentada dentro dele em posição fetal. Ele não é um local de higiene, mas sim de relaxamento e libertação do estresse diário. Assim, a pessoa deve sempre se banhar antes de entrar no ofurô. Com a popularização do ofurô, surgiram versões maiores para várias pessoas, que ficam sentadas em um banco interno do tanque. No Ocidente, ele muitas vezes se confunde com a banheira de hidromassagem, especialmente a redonda e menor.

Jardim de pedras cabem em casas de todos os tamanhos

Os jardins japoneses também chegaram ao Ocidente. Alguns têm lanternas e fonte de água, outros são de areia. O mais comum é o feito com pedras que formam desenhos em meio ao gramado. Geralmente, esses jardins são pequenos e podem caber até debaixo da escada. O que todos os tipos têm em comum é que eles costumam ser delicados e realizados com o objetivo de se encontrar o equilíbrio entre os diversos elementos que os compõem.

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