Arquitecto Pedro Pacheco

Rita Gouveia (homify) Rita Gouveia (homify)
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Pedro Pacheco é um arquitecto português com atelier em Lisboa desde 1996. Tendo estudado na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, terminou os seus estudos em 1991 e iniciou a sua carreira profissional em 1990, ainda como estudante estagiário no atelier de Josep Llinàs em Barcelona, sob a orientação de Eduardo Souto de Moura. Um ano depois inicia colaboração com o reputado e já falecido, arquitecto Fernando Távora entre 1992 e 1996 e, finda essa colaboração, decide abrir atelier em Lisboa em conjunto com José Adrião, que esteve no activo entre 1996 e 2004. 2005 é o ano em que decide abrir atelier em nome próprio, e 2013 o ano em que retoma a colaboração com José Adrião. Durante os anos de 2007 a 2008 trabalha em co-autoria com Marie Clément, nos projectos para as aldeias da Luz e da Estrela. Paralelamente à prática da Arquitectura, Pedro está ainda envolvido em actividades multidisciplinares que incluem a docência universitária, a crítica de Arquitectura, o comissariado de exposições e publicações, a participação em conferências, workshops, e seminários de Arquitectura nacionais e internacionais. O seu trabalho tem sido publicado em revistas e livros da especialidade, tanto em Portugal como no estrangeiro.

A sua prática profissional tem sido marcada ao longo destes anos por projectos de território, Arquitectura e Património que têm resultado em obras de reabilitação, planeamento urbano, Design de interiores e de mobiliário. Venha conhecer alguns dos seus projectos mais recentes e mais mediáticos neste artigo que preparámos para si.

O objectivo latente neste projecto foi o de remodelar o espaço existente, transformando-o num restaurante, mantendo as linhas e qualidades arquitectónicas originais. Tendo em conta que toda a área onde o restaurante está implantado, é a de um espaço aberto, tornou-se necessário criar um elemento que unisse a sala de jantar com a cozinha, que fosse capaz de os separar e ao mesmo tempo interligar. O resultado foi, um projecto que manteve a traça original do edifício, proporcionando um espaço fluído e bastante luminoso.

Restaurante Santa Rita

O restaurante Santa Rita situa-se no piso térreo de um edifício pombalino, no centro histórico de Lisboa. Trata-se de uma tipologia de armazém muito frequente nestes edifícios, caracterizada por um espaço único definido por três tramos abobadados com paredes em alvenaria de pedra e abóbadas em alvenaria de tijolo maciço.

Atelier de Pedro Pacheco

Parte da história da reconstrução de Lisboa pós-terramoto está impressa nas fundações dos edifícios Pombalinos que redesenharam em justaposição uma nova cidade. Os seus alicerces são robustos e estruturam a base dos edifícios que se erguem até atingirem a altura que se abre ao rio. Este novo espaço é um testemunho da solidez destas fundações, traduzidas na clareza espacial e construtiva de uma arquitectura de herança clássica, com qualidades incontornáveis.

O contacto directo com a rua torna-o inevitavelmente mais cúmplice com o espaço público. Tendo como base um atelier de arquitectura, procuram-se novas relações e interacções com outros  campos artísticos, como plataforma de criatividade.

Igreja da Luz

A igreja de Nossa Senhora da Luz como edifício fundador, é uma referência de fixação que dá identidade e nome à nova aldeia da Luz. A sua desmontagem pode ser encarada como uma descodificação da sua história. O acto de reconstruir é uma forma de dar corpo à igreja, permitindo-lhe entrar num novo estrato de transformação em continuidade com a sua própria história iniciada no século XV.

A utilização de técnicas construtivas tradicionais, permite preservar as condições espaciais, térmicas e a sua materialidade. As paredes em alvenaria de xisto extraída in situ, as abóbadas em tijolo artesanal e as argamassas e rebocos de cal, recebem de novo as cantarias de pedra que durante séculos consolidaram o culto litúrgico do lugar da Luz. O processo de reconstrução não se traduziu apenas numa reconstituição de história, mas procurou recuperar toda a densidade de saber contido na espessura das paredes; o tempo lhe conferirá uma nova autenticidade.

Apartamento Pedras Negras

O apartamento das Pedras Negras está inscrito num edifício Pombalino do século XVIII, ampliado  em finais do século XIX. Está localizado no terceiro piso, exactamente na transição, sendo um cruzamento entre a matriz Pombalina e o seu desenvolvimento novecentista. Nesta ampliação, como em muitos outros edifícios de Lisboa da mesma época, as cornijas, que antes desenhavam o início do beiral do telhado, transformaram-se em generosas e contínuas varandas, projectando os seus espaços interiores a todo o casario lisboeta que desce das colinas até ao rio.

O projecto procura recuperar todos os elementos identitários desta arquitectura, actualizando o seu léxico nos espaços que mais se transformaram durante o último século; a cozinha e o espaço de banho. Habitar o coração de Lisboa torna-se mais intenso quando, aliado às qualidades do espaço e da arquitectura, temos a luz nascente e poente nas salas e quartos e a luz poente na cozinha, quando temos o espaço exterior da varanda que abre a casa à cidade e ao Tejo e quando temos  a surpreendente presença frontal dos jardins suspensos dos palácios da rua de São Mamede. A possibilidade deste habitar torna este lugar mais intemporal, parte da cidade e das pessoas que já o habitaram…

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